sábado, 7 de dezembro de 2013

Naturismo em praias: historiografia do movimento naturista no Brasil a partir da etnografia da associação naturista da Praia do Abricó, no Rio de Janeiro (RJ)

THIBES, Carolina Weiler .  Naturismo em praias: historiografia do movimento naturista no Brasil a partir da etnografia da associação naturista da Praia do Abricó, no Rio de Janeiro (RJ). 2012.  Dissertação (Mestrado em Ciências Jurídicas  e Sociais. Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito).  Faculdade de Direito. Universidade Federal Fluminense, Niterói.

RESUMO

O movimento naturista, caracterizado pela prática da nudez social, tem ganhado força no Brasil, deixando de ser uma ação espontânea de grupos isolados para constituir uma Federação Nacional, vinculada à Federação Internacional do Naturismo. O presente trabalho pretende fazer uma análise cronológica e histórica do movimento naturista brasileiro em praias, identificando quem é o público adepto desta prática, o que pensa e como se organizam seus principais atores. Trata-se de uma pesquisa, sobretudo, etnográfica, cujo principal instrumento foi a observação participante. Através de viagens para participar de encontros naturistas nacionais e de visitas alternadas, entre os anos de 2009 e 2012, à praia do Abricó, única praia oficialmente naturista da cidade do Rio de Janeiro, buscamos traçar as linhas e entrelinhas do movimento naturista carioca para, em seguida, narrar a prática naturista no Brasil. Desse modo, o texto se subdivide em 6 capítulos. No primeiro capítulo, abordamos possíveis argumentos jurídicos para a ocupação territorial das praias pelo público adepto da nudez social. Em seguida, apresentamos a praia do Abricó e a forma como esta se tornou oficialmente naturista. No capítulo dois, através da transcrição de relatos e opiniões de naturistas de todo o Brasil buscamos mostrar a compreensão do naturismo do ponto de vista de seus praticantes. No capítulo três, narramos as trajetórias da musa do naturismo brasileiro, Luz Del Fuego, e do gaúcho Celso Rossi, que a partir de 1984 se engajaria na causa esforçando-se por tornar o naturismo legalizado em algumas praias do Brasil. Registrada esta fase, prosseguimos relatando a criação da Naturis, primeira revista naturista brasileira, que precedeu as mídias Brasil Naturista e Jornal Olho Nu. O quarto capítulo espraia-se pela politização do movimento, que, através de congressos nacionais, busca sua estruturação e coerência interna. O capítulo cinco apresenta algumas associações e clubes naturistas dedicados à prática privada do naturismo e analisa as atas dos congressos e encontros realizados pelo movimento naturista brasileiro desde a fundação da FBrN em 1988. Chegamos aos dias atuais experimentando em campo a nudez social. Estivemos pessoalmente em três Encontros naturistas nacionais, que são descritos no sexto e último capítulo. Na conclusão, tecemos algumas considerações críticas à ausência de perspectiva macro política do movimento, ao tempo em que destacamos, via exame da atuação específica do presidente da Associação Naturista do Abricó, algumas peculiaridades do caso concreto.
Palavras-chave: Naturismo; Nudez; Território: Praias; Movimentos sociais.

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